A respiração da floresta
6 de outubro às 18h - Câmara Municipal de Forcalquier
com
Esta noite é organizada em parceria com:
Sabah Rahmani - Jornalista da Revista NATIVES
Didier Hilar - Diretor Artístico da Revue NATIVES
CACIQUE TANONE e
SEU FILHO URURAY
Eleita há mais de 35 anos como a primeira mulher líder na história do seu povo Kariri-Xocó, a cacique Tanoné é hoje uma das raras mulheres líderes indígenas no Brasil.
Carismática, alegre e tenaz, ela é dona de
cerimônias e canções.
Ela também é curandeira e guardiã do conhecimento ancestral de sua comunidade e de sua floresta sagrada.
O seu compromisso com a sobrevivência do seu povo milenar e das suas terras, e o seu profundo conhecimento da natureza,
fez dela uma líder muito respeitada, cheia de sabedoria.
Mulher-semente, ela está em conexão direta e sensível com
aquela que ela chama de Mãe Terra.
“Não queremos estes terrenos baldios, queremos terras cobertas de árvores, florestas que nos alimentem e nos dêem ar puro. Sem floresta, índio não é índio, é índio sem terra. Replantei muitas árvores frutíferas na floresta – bananeiras, laranjeiras, mangueiras e muitas outras – enquanto continuava a cultivar alimentos para nos alimentarmos. Eu planto porque sou como a raiz de uma árvore – meu nome na verdade significa raiz – de uma árvore grande, muito grande e muito velha. A raiz é primordial porque vive dentro da Mãe Terra e a água vai para o subsolo para regá-la”, explica.
Ururay , filho do cacique Tanoné, é reconhecido pela comunidade como um pajé (xamã), iniciado nos saberes ancestrais e nos ensinamentos sagrados da floresta primária.
É ao lado da sua mãe que em breve se encontrará com cidadãos franceses para demonstrar o seu compromisso ao serviço da vida e para partilhar momentos sagrados: cantos, cerimónias e danças em particular. Ururay também compartilhará com o público certas tradições ligadas à sua cosmovisão.
Um passeio organizado pela Revue Natives, que acontecerá de 15 de setembro a 11 de outubro, em diversas cidades da França.
TUPA NUNES DE OLIVEIRA
O líder espiritual, cacique e pajé, Tupã Nunes, e seu filho Vera Xunu (apresentado abaixo) são indígenas Guarani Mbya da aldeia Mata Verde Bonita, localizada na zona de proteção
meio ambiente na Mata Atlântica do Estado do Rio de Janeiro. O local foi designado patrimônio mundial pela UNESCO/ONU como reserva da biosfera. Também foi classificado pelo Ministério do Meio Ambiente como
“Área de extrema importância biológica”.
A comunidade Guarani Mbya de Tupã Nunes sofre atualmente uma invasão por uma imobiliária
Espanhol, para construção de um resort de luxo.
A luta pela proteção de suas terras ancestrais, bem como de suas práticas e ritos, é constante.
DELPHINE FABBRI-LAWSON
Delphine Fabbri Lawson é uma artista visual e sonora francesa única, engajada e ativista com comunidades indígenas na Amazônia há mais de 20 anos.
Entre seus compromissos, fundou em 2020 com seu marido Tupan Nunez de Oliveira (apresentado acima), o Instituto Nhandereko: Eco-lugar da cultura ancestral indígena Guarani Mbya do Brasil. Suas missões? Preservar a memória viva da cultura, língua e ciência deste povo, incutindo ao mesmo tempo os valores ancestrais da natureza, os seus tratamentos naturais, possíveis e viáveis!
Mãe de Vera Xunu, acompanha e apoia o marido em todos os assuntos
luta para proteger as terras e práticas ancestrais de sua comunidade.